segunda-feira, 30 de março de 2009

Teste de paternidade: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo : Nem Teste de D.N.A resolve ! O migué do Espírito Santo - março de 2008

Teste de paternidade: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo : Nem Teste de D.N.A resolve ! O migué do Espírito Santo

Por Lia Vainer Schucman e Rita Flores
Ontem, lá em casa, iniciamos uma daquelas conversas delirantes (absolutamente necessárias na vida de qualquer mortal), e que – vamos logo esclarecendo, sem o estímulo de qualquer droga a não ser nossa própria imaginação e capacidade de ir para onde as palavras podem nos levar...Lia e Rita sentadas discorrendo sobre os prazeres e sofrimentos do CORPO, enfim sobre o corpo que dança, o corpo que sente, o corpo que dói, o corpo que goza, o corpo faminto, a carne e todos seus prazeres, enfim o corpo que somos... Então, eis que surge a questão: Quem inventou essa história de que há qualquer coisa almaficada... ou espiritualizada ou crencificada ou iluminada que pode ir além da única coisa corporificada que temos : O corpo ! Neste momento nada mais nada menos que o tal do espírito Santo entra em questão!Toda a revolta começa quando pensamos que ele –O espírito Santo- teve o mérito da fecundação sobre o corpo da Maria.... Pô que sacanagem !! Todo o trabalho corpóreo de José ( não é tão fácil como pensamos – ereção é algo que exige um esforço real das conexões nervosas e sanguíneas de um sujeito, e após isto o esperma tem todo o mérito de ter sobrevivido e encontrado o óvulo em questão) Foi transformado em luz santa ! Porra! Além disso, ser corno já devia ser algo difícil naquela época, imagina então corno de um espírito que José nem conseguia enxergar para poder acertar as contas pela lei de talião da época, olho por olho dente por dente. Em bom português: umas boas porradas! Imagina então ter que engolir a Maria com aquela historinha mal contada que o chifre foi em nome de Deus, ou melhor de seu filho, aquela historinha que até hoje as vezes temos que engolir de alguns sujeitos : "Ai... amor , não foi por mal, foi em nome da salvação humana" ! Pois bem, o tema em questão é a lógica (não lógica) da tríade (que não é tríade) – do tão repetido "Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (AMÉM!). Começamos a "destrinchar" para entender o que se passa nessa historinha, no mínimo, mal contada, a respeito de um dos primeiros triângulos amorosos da história da Humanidade: Maria, José e um tal de Espírito Santo, um sujeitinho muito do folgado que acabou levando todos os méritos pelo trabalho "duro" – literalmente – feito pelo mortal e de carne e osso, o pai de "criação" de Jesus – o José. Mas voltemos ao início. Didaticamente, porque a história é complexa...Voltando ao Pai - tem o Deus. Tem o Filho – Jesus, tem o Espírito Santo. Na época, estava "todo mundo comentando" que Maria havia sido a escolhida por Deus para gerar seu filho, seu herdeiro (uma pergunta - herdeiro do que: do Amor? Do Céu? – "no entendo!"). Diziam que Deus, o criador, enviou o Espírito Santo para engravidar a Maria, que era casada com José, o marceneiro. Da união transcendental, tântrica, de "pura luz" de Maria com o Espírito Santo, nasceu o filho de José e de Maria, o Jesus (o filho é de José e de Maria ou é de Deus e de Maria?). Porém, não nos enganemos. Apesar da relação não-sexual, mas transcendental de Maria com o tal Espírito – que de Santo não tem nada porque – mancomunado com Deus, só fez enganar o trabalhador José – Maria viveu a gestação e o esta não foi poupada dos nove meses de gestação do filho divino Jesus. Pensamos que foi Deus quem inventou este negócio de infidelidade, já que incentivou a pobre da Maria a ceder às tentações do Espírito Santo – tudo em nome de Deus, é claro...então "os fins justificam os meios". José, relegado ao esquecimento, foi quem deu nome e educação para Jesus. Vale lembrar que Jesus tinha a mesma profissão que o pai (nem real, nem biológico, mas um pai de criação?!) – Jesus se identificava ao pai que conhecia desde criança. No entanto, "todo mundo" comentava na época que Jesus nunca mais foi o mesmo depois de descobrir a verdade de sua origem. Sua mãe Maria lhe contou que seu pai não era José, mas Deus. Só que como Deus não era um ser corpóreo, enviou um outro ser (que também não era) para ter com Maria um fruto de uma união divina – o Jesus. De "ser divino" à "puro ego", ao deduzir que foi criado à imagem e semelhança de Deus, acreditou!!! Se "Deus é Pai", porque inventou o Espírito Santo?

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