domingo, 23 de maio de 2010

Ilha de goré -senegal

De todas as viagens que fiz, a do Senegal foi uma  das mais marcantes... e o olhar deste menino  na ilha de Goré, em direção ao mar atlântico, o mesmo da onde partiam os navios negreiros para a América  me deixou marcas desta viagem até hoje ... Até que, sem querer ouví uma musica linda do Gilberto Gil   na radio que parece ter traduzido o que senti : 






La Lune de gorée- Gil 



La lune qui se lève
Sur l'île de Gorée
C'est la même lune qui
Sur tout le monde se lève

Mais la lune de Gorée
A une couleur profonde
Qui n'existe pas du tout
Dans d'autres parts du monde
C'est la lune des esclaves
La lune de la douleur

Mais la peau qui se trouve
Sur les corps de Gorée
C'est la même peau qui couvre
Tous les hommes du monde

Mais la peau des esclaves
A une douleur profonde
Qui n'existe pas du tout
Chez d'autres hommes du monde
C'est la peau des esclaves
Un drapeau de Liberté



traduçao :


(A lua de Goreia)

A lua que se ergue
Na ilha de Goreia
É a mesma lua
Que se ergue em todo o mundo

Mas a lua de Goréia
Em uma cor profunda
Que não existe
Em outras partes do mundo
É a lua dos escravos
É a lua da dor

Mas a pele que há
No corpo de Goreia
É a mesma pele que cobre
Todos os homens do mundo

Mas a pele dos escravos
Em uma dor profunda
Que nao existe não
Em outors homens do mundo
É a pele dos escravos
Uma bandeira de liberdade

2 comentários:

GYL MUNHOZ disse...

sua foto também é bela, o barco ao fundo, a referência hiastórica, imagem atemporal, poesia.
ermeneGYLdo

GYL MUNHOZ disse...

Escrevi um comentário anterior mas ele não foi postado. explicava porque cheguei a seu blog, consultando sobre a ilha de Gorée por recomendação de meu companheiro que se encontra no Senegal, precisamente em Dakar para o Fórum Social Global, e amanhã visitará a ilha. Disseram a ele outros brasileiros que lá estiveram, que o lugar é triste, como se em suas paredes resistisse todavia a alma escrava. tanto tempo se passou, tão pouco para o história não ter mudado tanto quanto desejássemos. Mas mudará. Alceu Amoroso Limadizia que o século XXI seria o da libertação das mulheres e dos negros. Ah, meu 6,75% africano, parte de África em mim.
Obrigado pela linda música do Gil, também.
ermeneGYLdo